sexta-feira, novembro 26, 2010

Meia-Noite

Está frio, escuro e estou só, aqui, entre paredes sem vida, em meio ao desalento.
Isolado de todo um resto do qual eu deveria entender, mas, acontece que a verdade é difícil de ser compreendida. A noite adentra no meu ser enquanto só consegue dar voltas em torno de si.
Estrelas, pontos isolados, meios praçados e um céu de minha vida a ser interpretado, um livro fechado e um código indecifrado.
A noite se conflita com o dia e minhas horas se passam na mesma intensidade que um programa de humor sem-graça.
De diversão restou-me o sádico e o irônico, a sinceridade não é algo levado a sério.
Meia-noite buscando meios-termos em vão, tentando entender um mundo que agora se cala, que não pára para refletir, e quando sua imensa boca é aberta só dá lugar a coisas ilógicas e impensadas.
Apenas mal-proveito do tempo, assim creio eu.
Meia-noite e a solidão me torna enquanto me mostra meu cada vez mais humano de ser.

sábado, novembro 13, 2010

No fim.

Todo fim simboliza um novo começo. Ao menos é nisso que desejamos acreditar, porque, no fundo, apenas tememos que o fim realmente esteja a um palmo de distância de nós mesmos. Seja o fim relativo a morte ou simplesmente à um mero capítulo do qual não queremos nos despedir.
Mas nem todos os começos representam bons começos, ou bons finais. Tudo depende de uma série de variáveis das quais todos nós estamos sujeitos. Se nos tornamos pessoas melhores ou piores pouco importa, já que, muitas vezes chegamos a um ponto em que não nos importamos conosco.
É uma falta de tudo: vida, carinho , amor, são tantas as palavras que não cabem em um dicionário, e tão inexplicáveis que nem mesmoa ciência ousa tentar explicar.
Nós o simplesmente chamamos de mistério.
Mas no fim não é isso? Tudo não se trata de uma questão de fé?
No fim das contas, a solidão parece muito boa comparada ao que temos que enfrentar na vida "real", da qual não desejamos nos desprender ou desapegar.