sexta-feira, novembro 26, 2010

Meia-Noite

Está frio, escuro e estou só, aqui, entre paredes sem vida, em meio ao desalento.
Isolado de todo um resto do qual eu deveria entender, mas, acontece que a verdade é difícil de ser compreendida. A noite adentra no meu ser enquanto só consegue dar voltas em torno de si.
Estrelas, pontos isolados, meios praçados e um céu de minha vida a ser interpretado, um livro fechado e um código indecifrado.
A noite se conflita com o dia e minhas horas se passam na mesma intensidade que um programa de humor sem-graça.
De diversão restou-me o sádico e o irônico, a sinceridade não é algo levado a sério.
Meia-noite buscando meios-termos em vão, tentando entender um mundo que agora se cala, que não pára para refletir, e quando sua imensa boca é aberta só dá lugar a coisas ilógicas e impensadas.
Apenas mal-proveito do tempo, assim creio eu.
Meia-noite e a solidão me torna enquanto me mostra meu cada vez mais humano de ser.

Nenhum comentário:

Postar um comentário