Ah! Mas que saudades que eu tenho dos momentos em que ficávamos juntos.
Se eu pudesse trancaria a mim e a você no seu velho quarto e permaneceria lá, para sempre, em sua companhia, abraçados, revivendo momentos e reescrevendo memórias.
Memórias dos momentos doces, de quando consigo sentir o calor do seu corpo tal nossa proximidade. De quando você me permite tocar seu corpo, acariciar seu rosto com um sutil toque de minha mão e ir de encontro à ternura dos seus lábios, tão macios quanto sua pele tão clara quanto o brilho dos seus olhos que estão sempre a me contemplar. De quando afago seus tão amados fios de cabelo, os quais você tanto tem ciúmes, mas me permite tocá-los.
Memórias dos momentos de explosão, de quando seu apetite por erotismo envolve a nós. De quando sua loucura me faz assumir um lado selvagem. De quando você brinca ser inocente para me provocar com olhos famintos. De quando você me faz perder a cabeça no deleite de suas curvas.
Memórias dos momentos de maturidade no modo como você sempre sabe as horas exatas para provocar, para brincar e me permitir ser carinhoso de tal forma a conseguir te deixar sem graça e me fazer perguntas as quais você já sabe as respostas, as quais você sempre soube. E é neste momento que mais tenho a certeza de que você me ama, pois você já não encontra palavra alguma para expressar o que sente.
Foi assim que você me conquistou. É assim que você me cativa. E se isso não for amor, eu não sei mais o que é, ou possa ser.
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