sexta-feira, março 30, 2012

Extração

Pare e observe o que está para acontecer, observe o que você fez à mim, observe o que você está prestes a fazer a ti própria.
Estás prestes a amar um homem condenado à solidão, a amar um homem cujos sentimentos são devaneios, profundos e incompreensíveis, apenas para serem sentidos.
Quebrastes uma, das, infindáveis camadas de gelo sólido, rígido e resistente ao calor e fogo do amor e da paixão de uma forma que ainda não sei explicar, sequer compreendo.
Além de minhas fronteiras e limites, você foi ao âmago do meu ser buscar um quê de "humano" em mim que mesmo eu não sabia de sua existência.
Invasivo, doce, sutil e meigo é teu modo de ser, teu jeito de agir. Como me permiti apaixonar novamente?
E como disse Caio Fernando Abreu: Não, meu bem, não adianta bancar o distante: lá vem o amor nos dilacerar de novo.

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