sábado, outubro 15, 2011

Mais um... escritor

Perco as contas de quantas vezes falo sobre os sentimentos. Aqueles mesmos que vão e voltam, sobem e descem aqui dentro deste peito e dentro do peito de tantos outros ao redor do mundo.
E perco as contas porque os números não me importam. Quantas vezes já falei de amor, de ódio, de felicidade, de tristeza, de depressão, de morte e de vida?
Esse é o meu dever como escritor. Há quem fale de problemas sociais, há quem fale de guerras, há quem fale de economia e corrupção. Mas eu sempre preferi falar dos sentimentos. E interpretem isso como um espelho meu.
Aquilo que escrevo não deixa de ser parte minha, essa é uma lei de qualquer um que escreve. Negando ou afirmando. Mas peço que não tentem me compreender, porque dificilmente conseguirão e honestamente eu já desisti dessa tarefa há muito tempo.
Enquando isso continuo escrevendo sobre o que sinto, enquanto eu achar necessário.
Enquanto os sorrisos e lágrimas forem marcas minhas, eu as demonstrando ou não.
Enquanto minha frieza se sobrepuser à demonstração de meus sentimentos como uma sólida máscara.
Enquanto eu ainda for vivo.
Até eu aprender a me manter calado permanentemente ou até após isso.
Mas meus textos, só valem para mim e para os poucos que os lêem. Me sinto apenas mais um escritor em meio a tantos outros, maiores e quem sabe até melhores que eu, que escrevo por sede e vontade própria.
Ainda assim meu punho não deixa de doer ou sangrar a cada palavra escrita. Pois tenho a miserável certeza de que vivo aquilo que escrevo. E enquanto isso acontecer, permanecerei escravo deste hábito.

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